Em tempos de distanciamento social, até a neve anda perdida.
Assim chega a primavera.
Vila do Touro, vista de S. Gens, photo de Vitor Lajes.
…apanho uma bebedeira!
(Artur Esteves)
…são os vestígios da minha infância que regurgitam: os gritos e as correrias alegres e despreocupadas da minha meninice ecoam por entre os rochedos saudando-me, o cheiro a terra sulcada e campo deambula pelas ruas e quelhos repletos de rostos e animais, os aromas e fragrâncias das lidas domésticas, dos cozinhados à lareira e dos enchidos serpenteiam pelo ar, o repicar vigoroso dos sinos da igreja repousa momentaneamente perdido pelos “chões”, os semblantes vincados pela caminhada da vida vagueiam cúmplices nas azáfamas e labutas diárias, autênticos regozijos para a alma desta(s) gente(s)…a minha gente… a minha identidade!
(Cristina Martins)
Aproxima-se o Natal e, com Ele, todos os rituais, tradições, passos, lides, gestos, encantos, cheiros, cores e sabores, mais ou menos arreigados em nós e nas nossas casas… mas sempre com um toque especial… O de cada um, não fosse Natal!